quarta-feira, 23 de julho de 2014

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL
Curso: Pedagogia Licenciatura
Disciplina: Língua Portuguesa
Professora: Dranda. Luciane Sippert
Acadêmica: Jaqueline dos Anjos Pinto
Semestre: 1/2014



            Devido às constantes mudanças que vêm ocorrendo na educação e a grande preocupação que se acentua cada vez mais em formar o aluno integralmente, ou seja, um indivíduo preparado para a vida, autônomo, crítico e consciente do seu papel enquanto cidadão, depara-se com a importância da leitura nos processos de aprendizagem do ser humano, levando em consideração o fato de que, lendo, se aprende a interpretar os diversos mundos que a literatura infantil apresenta. Sabendo interpretar, automaticamente acontece o ato de criticar. E nisso, encontra-se a oportunidade de através da Contação de Histórias formar leitores críticos, onde o botão mágico para despertar o gosto pela leitura estará inserida nesta prática.
            O contato com os livros deve ocorrer desde cedo, não só pelo manuseio, mas pela história contada, pelas cantigas, pela conversa, pelos jogos rítmicos, incentivando a criança a gostar da leitura. A partir daí, emerge o interesse de ter como público alvo a Educação Infantil e os Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
            O contato com a literatura auxilia a criança na compreensão do real. A história, dentro de seu mundo imaginário, trata de relações e situações reais, que a criança não pode entender sozinha. Nesse contexto, a Contação de Histórias oferece o desdobramento de suas capacidades intelectuais. Esta aquisição de conhecimento pode dar-se através de ouvir uma história, uma música, uma poesia, ou pela leitura, quando já está apto a fazê-la. Oliveira (1996, p. 27), afirma que:

A literatura infantil deveria estar presente na vida da criança como está o leite em sua mamadeira. Ambos contribuem para o seu desenvolvimento. Um, para o desenvolvimento biológico: outro, para o psicológico, nas suas dimensões afetivas e intelectuais. A literatura infantil tem uma magia e um encantamento capazes de despertar no leitor todo um potencial criativo. É uma força capaz de transformar a realidade quando trabalhada adequadamente com o educando.

            Sendo assim, o essencial é assumir realmente o papel do contador de histórias, sem medos, sem inseguranças e, acima de tudo, ter amor pelo que faz. Góes (1991) nos mostra que a literatura é deleite, entretenimento, instrução e educação para as crianças, mas que o prazer deve ser o mais importante, porque se não houver arte que produza o prazer, a obra não será literária e, sim, didática. Entre os dois extremos, literário e didático, Coelho (1987, p.25), argumenta que:

[...] como “objeto” que provoca emoções, dá prazer ou diverte e, acima de tudo, “modifica” a consciência-de-mundo de seu leitor, a Literatura Infantil é Arte. Por outro lado, como instrumento manipulado por uma intenção “educativa”, ela se inscreve na área da Pedagogia.

            Desse modo, somos obrigados a concordar com os autores sobre a importância da leitura para as crianças, onde elas desenvolvem seu raciocinio e o gosto pela leitura. Desenvolvendo o gosto pela leitura a criança se tornará uma adulto com uma conhecimento vasto sobre vários assuntos, e sem dizer que uma bela história cativa qualquer criança ou adulto.

            Portanto, pode-se afirmar que a contação de histórias destaca-se pela importância como fator de desenvolvimento das aptidões para o contato com a leitura, com a escrita, com a oralidade, estimulando na criança a sua criatividade, imaginação, formas de expressão oral e corporal, proporcionando um ambiente lúdico de aprendizagem e repleto de sentidos e significados.

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