UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL
Curso
de Graduação: Pedagogia Licenciatura
Disciplina:
Língua Portuguesa I
Professora:
Dandra Luciane Sippert
Acadêmica:
Juliana Aparecida de Menezes Sott
Autor:
Moacir Gadotti
Ano da
Publicação 2003
Editora
Feevale: Novo Hamburgo RS
Nº de
páginas 79
Ao escrever o livro
“Boniteza de um sonho aprender e ensinar com sentido”
Moacir
Gadotti, ano da publicação 2003, editora Feevale, Novo Hamburgo RS, Número de
páginas 79 nos fala da beleza de educar com sentido.
Mostra que o
educador não pode abdicar da capacidade de sonhar e de lutar por uma educação
transformadora. Para desenvolver o tema o autor inspirou-se na obra de Paulo
Freire - “Pedagogia da Autonomia” -, onde o mestre fala da boniteza de ser gente.
Para Gadotti, ser professor nos dias atuais é
função semelhante ao que era há tempos atrás, o que mudou foi a condição do
globo. Hoje vivemos em um mundo globalizado, dotado de tecnologias cada vez
mais avançadas, o que facilita o acesso ao conhecimento, não só nas escolas,
mas na sociedade em geral – empresas, domicílio familiar etc.
Daí a necessidade de integrar a educação a
esta evolução. Para tanto, o autor defende mais qualidade na educação, que terá
de dispor de educadores capacitados, dinâmicos e conscientes, que tenham como
prioridade a busca constante pelo conhecimento.
Professores assim certamente acabarão por
despertar no aluno os desejos de pesquisa e de reflexão, não mais se
restringindo ao conteúdo apresentado na sala de aula.
O primeiro
capítulo, dos sete contidos no livro editado pela Feevale/NH 2003, Gadotti
chama atenção para o que leva uma pessoa a querer ser um educador: “Porque
ser professor?” Gadotti relembra as ideias do mestre Paulo Freire sobre o sonho, a beleza de ser professor,
porém ele também aponta as dificuldades e a desvalorização desta profissão.
O autor ainda sustenta que hoje “não é nem
mais difícil nem mais fácil do que era há algumas décadas atrás. É diferente.”
(p.15).
Entretanto para Gadotti,
existe desinteresse pela carreira do magistério e isto pode ser atribuído a
fatores como salário defasado, profissionais cansados, falta de políticas
públicas que contemplem a Educação. Fatores estes que demonstram que a
realidade é diferente do sonho de muitos alunos e alunas sejam na Pedagogia ou
na Licenciatura.
No capítulo
seguinte “Crise de identidade, crise de sentido” o autor descreve a respeito dos desafios enfretados pelos educadores,
na busca de sua própria identidade, no momento de transmitir conhecimento. Na
sociedade atual são inúmeras as oportunidades de aprendizagem e o professor
desempenha o papel de colaborador desta nova forma de conduzir o conhecimento.
Daí a necessidade de ter a real dimensão da
própria a responsabilidade enquanto educador, que ajuda na formação de novos
professores. Indispensável que o tipo de aprendizagem que irá ministrar seja
permeado pela convicção, visão ampla no que tange a diferentes culturas,
saberes, perspectiva de vida.
Somente este tipo de aprendizado, na prática,
contribuirá para que a convivência social evolua, sendo mais justa e
igualitária.
Para que os professores
realizem as suas atividades profissionais de maneira íntegra é preciso
autonomia e liderança. A Pedagogia não é uma formação particular, tem que ter
articulação, conectividade e coletividade – trabalho conjunto.
Mesmo com
remuneração baixa, exercer a função de professor hoje em dia é gratificante,
pois é a oportunidade de transmitir muitos conhecimentos.
Ao escrever
o terceiro capítulo “Formação continuada do professor”, Gadotti repete
que o educador deve buscar sempre a renovação, por meio de trocas de
experiência, pesquisas, acompanhar as tendências da tecnologia, elaborar
projetos junto à comunidade onde está inserido.
Para isso, garante, é preciso que os governos
invistam na formação continuada do educador, mantendo-os sempre atualizados. De
acordo com a legislação brasileira, a formação continuada é um direito, mas
para que esse direito seja adquirido é preciso cumprir algumas exigências.
Entre elas o direito a horas semanais de
estudo com especialistas e com colegas, a fim de obter conhecimentos sobre as
disciplinas de outros professores, publicação das suas experiências em sites da
Secretaria de Educação etc. Os orientadores têm uma importância muito grande na
formação continuada dos profissionais da Educação.
No capitulo
quatro “Ser professor na sociedade aprendente”, Gadotti observa que para
ser educador é preciso ter um bom conceito sobre em educação, além de paciência
para lidar com os alunos e com a sociedade.
Maias uma vez lembra que o professor precisa obter o máximo de informações possíveis para ampliar seus conhecimentos, estando apto a responder sobre diferentes questionamentos na sala de aula.
Maias uma vez lembra que o professor precisa obter o máximo de informações possíveis para ampliar seus conhecimentos, estando apto a responder sobre diferentes questionamentos na sala de aula.
Além disso, a organização e o trabalho em
equipe também são aspectos muito importantes a serem trabalhados para o melhor
resultado e sucesso profissional. O ato de ler amplia os conhecimentos e
concepções de um professor, destaca o autor, afirmando que “temos que aprender
a lidar com a leitura e através disso ler o mundo.
Como professor na sociedade aprendente,
atualmente possui varias teorias no aprendizado da educação.”
Reafirmando
o sentimento de alegria ao ensinar, Gadotti chega ao quinto capítulo do livro -
“Aprender com emoção, ensinar com alegria” - avaliando que somos seres
inacabado e dependentes de outras pessoas para aprimorar e ampliar nossos
saberes.
“Para ser um
bom educador é necessário aplicar um ensino de qualidade, pois é muito comum o
aluno questionar a razão da aprendizagem, e em que aquilo será útil em sua
vida. Isso ocorre porque em nossa sociedade costumamos considerar que algumas
coisas só são úteis quando tem uma finalidade prática muito visível e de
utilidade imediata.
Esse é o motivo pelo qual os educadores devem
ter muita objetividade e clareza para compreender o ato de aprender e através
disso dominar o ato de ensinar”,, garante.
No sexto
capítulo “Educar para uma vida sustentável”, o autor propõe uma reflexão
sobre a importância da sustentabilidade, que tornou-se o foco principal para
que tivéssemos esperança.
O cenário
não é otimista, pois com nossas ações podemos acabar com a vida do planeta. O
autor faz um apelo: “para que isso não ocorra precisamos da colaboração de todo
ser humano; essa ação tem que ser ética, sem fins econômicos e sem interesses
políticos, muito menos a
exclusão social.
As medidas clássicas são
egoístas, pois a indústria predatória não se preocupa com medidas sócio sustentáveis
e é focada somente em procedimentos de alto capital, não no intuito da
necessidade humana. Podemos resgatar valores
antigos e aplicar na globalização moderna a qual estamos sendo vitimas.
Não temos
que pensar individualmente, mas sim interagir com todos e assim entrar em um
comum acordo. Precisamos ter o nosso próprio pensamento, a nossa própria
opinião, e não pensar algo que alguém já pensou da sociedade como também do
planeta.
Diante do
sistema capitalista que vivemos o cenário não é bom e convivemos com as
desigualdades sociais e essa postura deve ser mudada através da educação;
lembrando que dependendo das ações do homem podemos acabar com a vida no
planeta, por isso precisamos proteger a biodiversidade e mudar a forma e as
medidas egoístas com que o homem vem conduzindo esse processo sem se preocupar
com medidas sócio sustentáveis.”
O último
capítulo de “Boniteza de um sonho aprender e ensinar com sentido”, Ser
Professor, ser educador ”, Gadotti
nos remete a um fato importante, o de que ser professor é muito mais do que dar
aula, é também aprender com os próprios alunos.
Acrescenta
que as escolas precisam passar a ver o aluno como uma pessoa que irá mudar o
mundo, assim permitindo que se expresse livremente expondo suas novas ideias,
tornando-se pro-ativo e futuramente um grande profissional.
Reafirma
outra vez a importância do educador estar sempre afinado com os novos
conhecimentos, ensinando cada aluno, de acordo com as dificuldades que
apresente, mantendo-os sempre interessados, com atividades nas quais possam
interagir, tornar assim os seus conhecimentos indispensáveis.
“A intenção
da profissão de educador é justamente juntar pessoas, para conquistar e chegar
a um objetivo. Vale dizer que quem almeja educar, deve saber qual é o seu verdadeiro
papel, com isso seremos capazes de construir uma realidade melhor e uma
educação de qualidade”, conclui Moacir Gadotti.
O livro de
Moacir Gadotti não deve faltar na biblioteca de quem é ou quer se tornar
educador. Em suas páginas o autor nos mostra os caminhos que devemos percorrer
e os desafios que a profissão nos apresenta.
Ao mesmo
tempo mostra que os educadores são extremamente
importante, pois ajudam na construção do conhecimento e contribuem para a
formação moral e intelectual das pessoas.
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