quarta-feira, 23 de julho de 2014

A Leitura e a Escrita nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: A Prática Docente A Partir da Voz dos Alunos

Pedagogia-Licenciatura
Professora: Luciane Sippert
Acadêmica: Bárbara Escobar Dos Reis



O referente artigo sobre A Leitura e a Escrita Nos Anos Iniciais Do Ensino Fundamental: A Prática Docente A Partir da Voz Dos Alunos foi publicado no ano de 2012 pela Eccos revista científica a autora é Elvira Cristina Martins Tassoni, graduada em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1983), mestre e doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2000 e 2008, respectivamente). Atualmente é professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Foi professora da Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental e coordenadora pedagógica dos respectivos níveis de ensino. Realiza estudos na área da Psicologia Educacional e Formação de Professores, com ênfase nos processos de Ensino e Aprendizagem na sala de aula, atuando principalmente nos seguintes temas: afetividade e cognição, alfabetização, condições de ensino, mediação pedagógica, relação professor-aluno, ambiente de sala de aula, Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Segundo a autora Cristina Martins Tassoni, durante alguns anos, a leitura era utilizada apenas como suporte para as aulas de gramática e não era trabalhada no sentido de formar leitores intelectualmente autônomos, com liberdade de escolher livros para interpretar com clareza. Para isso, faz-se necessário que os alunos tenham, desde cedo, acesso a todo tipo de leitura, principalmente, de leituras infantis, que colaboram significativamente para a formação global do indivíduo.
O ato de ler deve-se iniciar nos primeiros anos antes mesmo do ingresso da criança na escola. Pais que adquiriram o habito de ler para seus filhos obtiveram em consequência crianças que fazem da atividade da leitura um prazer, apresentando maior êxito na escola, pois desenvolvem-se com grande facilidade. Em contrapartida, observa-se que a maioria dos alunos que chega a sala de aula são advindos de lares que não incentivam para o mundo da leitura. É difícil uma criança aprender a ler, se ela não achar finalidade na leitura, ou até mesmo quando se espera dela o fracasso.
Por este motivo é de fundamental importância o educador gostar de ler e incentivar os alunos adquirirem este habito, porque a criança aprende a ler participando de atividades de uso da escrita juntamente com pessoas que dominam esse conhecimento.
No entanto, os novos estudos a respeito da educação dizem que, quanto mais próximas às práticas pedagógicas estiverem das práticas sociais, mais as crianças verão sentido no que estudam e escrevem, poderão estabelecer relações, desenvolverão sua imaginação e se tornarão produtoras culturais.
As crianças aprendem a ler não por causa dos programas prontos de ensino, mas porque os professores conseguem fazer com que elas encontrem um sentido para o ensino que recebem. É na sabedoria e na instituição do professor que devemos confiar desde que estes disponham das bases necessárias para tornar, em sua classe, decisões que só cabem a eles tomarem.
Inserir a criança no mundo letrado é permitir que ela fosse à construtora de seu próprio conhecimento, tendo em vista sua forma de conhecer e compreender o mundo que a cerca. Nesse sentido, a escrita é uma linguagem representada, onde as palavras sobrevivem a todo tempo guardadas pela memória da humanidade e transmite, por meios de ensinamentos valiosos, todo o sue potencial através do processo ensino aprendizagem.
O processo de desenvolvimento da escrita da criança não resulta de uma simples cópia realizada de forma mecânica e tradicional, mas é um processo de construção pessoas. Portanto, entende-se que a evolução da escrita alfabética dar-se-á de forma processual, onde a criança passará por diferentes etapas até chegar ao domínio satisfatório da própria língua. Durante o desenvolvimento construtivo da leitura e escrita, a criança passa por fases de grande significação no seu processo de desenvolvimento cognitivo. O nível pré-silábico: caracteriza-se por uma busca de diferenciação entre as escritas produzidas sem uma preocupação com as propriedades sonoras da escrita. Nesse nível, a criança explora tanto critério quantitativo (varia a quantidade de letras de uma escrita para outra, para obter escritas diferentes) ou critérios qualitativos (varia o repertório das letras ou a posição das mesmas sem alterar a quantidade).
O professor precisa valorizar o que a criança já sabe desde os primeiros momentos da vida escolar. É preciso conscientizar o professor de que as crianças quando chegam à escola já sabem de várias coisas sobre a língua materna. O conhecimento passa a ser construído através da interação do sujeito com o objeto, cabendo ao professor crias oportunidades que venham a favorecer o desenvolvimento da escrita através das próprias experiências que o aluno traz do meio onde vive ocasionando assim uma situação de ensino aprendizagem.
Para que o aluno não encontre dificuldades no desenvolvimento do processo que a conduz à sua verdadeira função no mundo da leitura e escrita, é necessário que o professor do Ensino Fundamental considere os conhecimentos prévios do aluno durante a sua alfabetização.
Antes de ensinar a escrever, é preciso saber o que os alunos sabem sobre a escrita, qual a sua utilidade e com base nesse diagnóstico, o professor programará atividades que sejam adequadas a cada nível das turmas existentes na escola. A escrita seja qual for, tem como objetivo primeiro permitir a leitura. A leitura é uma interpretação da escrita, que consiste em traduzir os símbolos escritos em fala.
Ler, portanto, significa colher conhecimentos e o conhecimento é sempre um ato criador, pois me obriga a redimensionar o que já está estabelecido, introduzindo meu mundo em novas series de relações e em um novo modo de perceber a quem me cerca. Com a leitura, o homem adquire conhecimento e obtém vantagens pessoais. Ela é o veiculo de estudo e do saber, a verdadeira chave do êxito. Através da leitura, aprendemos a inculcar valores e incutir o bom gosto; aprende-se também a viver e a triunfar na luta pela sobrevivência.
Este artigo é de grande valia para o aprendizado de um profissional que busca aperfeiçoar-se na leitura e na escrita nos anos iniciais do ensino fundamental, o mesmo vem somar na vida de um professor que busca conhecimento sobre como lidar com crianças no início de suas vidas escolares.  Sua leitura é de suma importância, pois contribui muito para pedagogos e profissionais que atuam nessa área.



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